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A Câmara Municipal de Santana foi palco na noite desta terça-feira (11) da audiência pública da Comissão Parlamentar Especial (CPE) da Assembleia Legislativa do Amapá que investiga as causas do acidente ocorrido em março deste ano no porto privado da empresa Anglo Ferrous.
Composta por vários deputados estaduais do Amapá, a CPE passou a realizar audiências públicas em vários municípios amapaenses ligados a produção e exportação de minério de ferro. Santana foi o quarto município a receber os integrantes da comissão para debater sobre os ocorridos, na madrugada do dia 28 de março, que resultou na morte de seis trabalhadores, dos quais dois corpos ainda continuam desaparecidos.
Durante a audiência familiares das vítimas do acidente e vereadores de Santana e dos municípios de Porto Grande, Pedra Branca e Serra do Navio questionaram quanto a falta de respostas sobre as causas que levaram o desmoronamento do porto da Anglo. “Nossa preocupação é que acidentes como este sejam evitados no futuro”, afirmou Reginaldo Ribeiro, sobrinho de uma das vítimas do incidente.
Com o ocorrido, o Porto da Companhia Docas de Santana passou a ser a única alternativa para o escoamento de minério produzido pelas empresas no Amapá. Questionado sobre a segurança da estrutura do porto da CDSA, o presidente da companhia, Edival Tork, informou durante a audiência que a empresa tomou todas as medidas necessárias para garantir a segurança no local. “Possuímos três áreas cada uma com a capacidade para estocagem de 30 mil toneladas de minério, mas por normas de segurança da empresa nunca permitimos que duas empresas estoquem seus produtos ao mesmo tempo”, informou o presidente da CDSA.
Para conseguir suprir a necessidade de exportação de minério das empresas, a Companhia Docas de Santana teve que reorganizar os embarques realizados pelo seu porto e já está atendendo as operações da empresa Unamgen, que anteriormente realizavam o embarquedo minério pelo porto da Anglo. “Desde o dia 08 de junho estamos realizando com sucesso o primeiro embarque do minério da Unamgen. A intenção da empresa mineradora, é embarcar dois navios por mês. O que irá normalizar o serviço da Unamgen”, afirmou Edival Tork.
Atualmente, três grandes empresas, Unamgen, Zamapá e Anglo Ferrous, exploram o minério de ferro no Amapá. Apenas uma delas, a empresa Anglo Ferrous, está com o escoamento do produto interrompido. A intenção é que futuramente a empresa utilize o Porto da CDSA para embarcar o minério de ferro que está sendo estocado desde o incidente.

Aline Medeiros
Assessora de Imprensa
Companhia Docas de Santana - CDSA