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Em 2014, a projeção de colheita de soja sobe para 15.825 hectares plantados, com previsão de rendimento médio de 2.887 toneladas por hectare.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima para 2014 produção recorde de soja no Amapá. O último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, divulgado no final do mês de junho, prevê aumento de 253,96% na produção do grão, o equivalente a 45,6 mil toneladas acima da safra passada, que foi de 12,9 mil.

Dados do IBGE mostram, ainda, que esse aumento se deu em função do salto na área plantada. Enquanto em 2013, a soja foi colhida numa área de 4.528 hectares tendo como rendimento médio 2.850 toneladas por hectare, resultando numa produção de 12.906 toneladas; em 2014, a projeção sobe para 15.825 hectares plantados, com previsão de rendimento médio de 2.887 toneladas por hectare. Isso significa um aumento também na produtividade para 45.682 toneladas por hectare, segundo o Instituto.

Conforme projeção da Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Cerrado Amapaense (Coopac), a tendência é de crescimento a cada ano da produção de soja no Amapá - uma novidade no setor rural do Estado, descoberto recentemente por médios produtores vindos de outras regiões do país, entre gaúchos, paranaenses, mineiros e mato-grossenses. Esse, aliás, foi um dos motivos que levou à criação da Cooperativa na década de 2000, para recepcionar e orientar os interessados em se fixar no Estado.

Pelas contas da Coopac, dos cerca de 50 cooperados, pouco mais da metade já se encontra instalada do Amapá e os demais estão se preparando para plantar grãos no Estado. Isso também explica o aumento na produção de outros cultivos como arroz, feijão (caupi) e milho, também registrado pelo IBGE.

Última fronteira agrícola

"O Amapá foi descoberto como a última fronteira agrícola do Brasil para desafogar as rotas que existem, atualmente, para escoamento de grãos ao mercado local e internacional", explicou o presidente da Coopac, Tobias Laurindo, um paranaense que atua como produtor rural há mais de 20 anos no Amapá. Laurindo, que também é economista, prevê que, se o cenário que se apresenta continuar se desenvolvendo, num período de dez anos o agronegócio poderá atingir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Atualmente, o setor primário alcança 4% do PIB amapaense.

Fonte: Diário do Amapá